07 fevereiro, 2015

Oriental






Mestre Martins Correia



A noite é uma ilha negra, égua criadora,
esplendorosa estrela de ornamentos e pavões,
limões de areia enleando najas/serpentes
numa batalha que pode esmagar
os sentidos, ampliando o silêncio
na terra que Ananta sustenta
em seus anéis de limbo e fertilidade,
ostentando o céu, o sol,
antídotos para um veneno,
sangue e carmesim,
janelas sobre uma paisagem
interrompendo
uma mão imortal sobre os ombros.

Maria do Sameiro Barroso